4 de jun. de 2011

Bombeiros manifestantes do RJ são encaminhados para batalhão policial

Após ocupação, bombeiros presos foram levados para o Batalhão de Choque (Foto: Rodrigo Vianna / G1)Após ocupação, bombeiros presos foram levados para o Batalhão de Choque (Foto: Rodrigo Vianna / G1)

Negociação dentro do Quartel Central dos bombeiros (Foto: Rodrigo Vianna/G1)Bombeiros e Bope dentro do Quartel Central dos bombeiros (Foto: Rodrigo Vianna/G1)


Em ônibus da Polícia Militar, os bombeiros manifestantes começaram a deixar o quartel Central do Corpo de Bombeiros, no Centro do Rio, às 8h deste sábado (4), levados pelos policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), para o Batalhão de Choque da PM, também no Centro.  A PM irá fazer uma triagem com os bomeiros. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, todos os manifestantes estão presos.

Para entrar no complexo, por volta de 6h10, os policiais usaram bombas de efeito moral e bombás de gás lacrimogêneo. Pelo menos duas crianças sofreram intoxicação devido ao gás e dois adultos tiveram ferimentos leves na cabeça, por conta das bombas de efeito moral que foram lançadas pelo Bope. Todos estão sendo atendidos no posto no interior do quartel.

Antes da entrada dos PMs, diversas bombas de efeito moral foram lançadas para dentro do quartel. Algumas atingiram a cozinha do complexo, onde havia crianças e mulheres. As explosões causaram pânico no local. Ninguém que estava na ala ficou ferido.

Tiros de fuzil

Após a entrada dos policiais, pelo menos oito cápsulas de fuzil 762 foram encontradas espalhadas no pátio do Quartel Central. Segundo os bombeiros, os disparos partiram dos policiais militares. O comandante-geral da PM, Mário Sérgio Duarte, confirmou que alguns tiros foram disparados para o alto pelos policiais militares.

Clima tenso
Mapa QG bombeiros Rio (Foto: Reprodução)Localização do Quartel Central do bombeiros
(Foto: Reprodução)
O clima já era tenso no início da manhã deste sábado no Quartel Central. Desde 19h30 de sexta (3), bombeiros ocuparam o pátio e as dependências do complexo. Mulheres e até crianças se uniram a oficiais numa passeata que começou em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e que passou pelas principais avenidas do Centro.
Durante a madrugada, os manifestantes cantaram hinos e promoveram “apitaços” no pátio do Quartel Central.
Comandante-geral da PM, Mário Sérgio Duarte, fala aos manifestantes que invadiram quartel dos bombeiros. (Foto: Rodrigo Vianna / G1)Comandante-geral da PM, Mário Sérgio Duarte, fala aos manifestantes que invadiram quartel dos bombeiros. (Foto: Rodrigo Vianna / G1)
Por volta de 2h50, Duarte subiu num carro e, diante dos manifestantes, pediu para que todos retornassem para casa. Durante a fala, que durou cerca de 20 minutos, o comandante foi interrompido por gritos e cantos dos manifestantes, que repetiam: “nem um passo daremos atrás”. Diante da resistência, o comandante ressaltou que não pretendia usar a força e afirmou estar diante do melhor Corpo de Bombeiros do Brasil.
Fonte: G1

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